Quando se fala em ergonomia nas empresas, dois termos costumam gerar dúvidas: AET (Análise Ergonômica do Trabalho) e AEP (Avaliação Ergonômica Preliminar). Apesar de parecidos, eles têm finalidades diferentes e ambos são fundamentais para garantir a saúde dos colaboradores e a conformidade legal da empresa.
O que é AEP (Avaliação Ergonômica Preliminar)?
A AEP é a primeira etapa do processo ergonômico. Ela tem o objetivo de identificar os riscos ergonômicos de forma rápida e preliminar, sinalizando a necessidade (ou não) de uma AET mais detalhada.
Ou seja, é como um raio-x inicial: um diagnóstico geral que ajuda a empresa a entender onde estão os principais pontos de atenção em relação à ergonomia.
Quando fazer?
Sempre que houver mudanças no ambiente de trabalho, inclusão de novos postos, equipamentos ou processos, ou mesmo de forma preventiva.
O que é AET (Análise Ergonômica do Trabalho)?
A AET é um estudo mais completo e aprofundado, exigido pela NR-17 (Norma Regulamentadora de Ergonomia). Ela analisa o posto de trabalho de maneira minuciosa, considerando os aspectos físicos, cognitivos e organizacionais.
Esse documento é técnico, feito por profissionais especializados, e serve como base para a adoção de medidas corretivas e preventivas que promovam o bem-estar dos trabalhadores.
Quando fazer?
Quando a AEP indicar riscos significativos ou sempre que for necessário atender a exigências legais, auditorias trabalhistas ou demandas de sindicatos e fiscalizações do trabalho.
Diferença entre AEP e AET
Característica | AEP | AET |
---|---|---|
Tipo de avaliação | Preliminar, mais simples | Completa e aprofundada |
Objetivo | Identificar riscos gerais | Analisar e propor melhorias detalhadas |
Obrigatoriedade | Recomendada | Obrigatória em casos com riscos ergonômicos |
Base legal | Etapa da NR-17 (nova redação) | Exigida pela NR-17 |
Realização | Pode ser feita internamente, com apoio técnico | Deve ser feita por profissional qualificado |
Benefícios de aplicar AEP e AET na empresa
- ✅ Redução de acidentes e afastamentos por dores musculares, LER/DORT e fadiga;
- ✅ Aumento da produtividade, com postos de trabalho mais confortáveis e seguros;
- ✅ Melhoria do clima organizacional, com trabalhadores mais motivados e valorizados;
- ✅ Atendimento às exigências legais, evitando problemas com fiscalizações;
- ✅ Evidências técnicas para defesa jurídica, em caso de processos trabalhistas.
Malefícios de não aplicar AEP e AET
Ignorar a ergonomia no ambiente de trabalho pode trazer sérios prejuízos:
- ❌ Multas e autuações durante fiscalizações do Ministério do Trabalho;
- ❌ Afastamentos frequentes de funcionários, com impacto direto na produtividade;
- ❌ Processos trabalhistas por condições inadequadas de trabalho;
- ❌ Imagem negativa da empresa, afetando reputação e confiança dos colaboradores;
- ❌ Gastos desnecessários com indenizações e adaptações feitas às pressas.
A AEP e a AET não são burocracias: são ferramentas de gestão inteligente, que ajudam a empresa a cuidar da saúde dos seus colaboradores e a evitar prejuízos legais e financeiros.
Implementar essas práticas é sinal de responsabilidade, profissionalismo e respeito pelas pessoas que fazem o negócio acontecer.
Se sua empresa ainda não realizou essas avaliações, o momento ideal é agora. A ergonomia bem aplicada traz retorno garantido: em bem-estar, produtividade e economia.